Olá leitor, fico feliz que você tenha chego ao meu blog! Você precisa saber que encerramos nossa primeira temporada em 2016 e retornaremos com um novo destino em 2017. Me siga nas redes sociais e fique por dentro de tudo que é publicado antes de todo mundo! Desfrute da leitura!

Tchau Brasil | 2ª Temporada NonVisa



E aíííí meus leitores!!! Tudo bem com vocês? Comigo está tudo bem também! E antes de mais nada quero esclarecer que eu não morri, foram muitos dias longe do teclado mas eu não abandonei esse projeto, agora em 2017 estamos voltando com a 2ª temporada de NonVisa pelo velho mundo!

Como vocês já devem ter percebido, e eu espero que sim, estou no Brasil, pois é, o ano teve um fechamento espetacular, diria que acertei nas datas de ida e na de volta, estive nos lugares certos na hora certa, foram mais de 25 mil quilômetros percorridos, 3 países que tive o prazer de conhecer, 5 países que estive por pelo menos alguns instantes e uma bagagem de conhecimento imensurável.

Enfim a pergunta que não quer calar, eu faria tudo de novo? Exatamente da mesma forma! E digo mais, estou cheio de ideias e planos de onde iremos durante esse ano e nos anos que seguem... o número de destinos só aumenta, apesar de ser cedo pra adiantar muitas coisas.

Hoje é o último dia das minhas "férias" em casa, novos lugares estão me esperando e eu estarei mentindo se falar que me sinto completo estando todos esses meses parado. A menos de 24hs do embarque em outros tempos eu estaria roendo as unhas, engolindo o choro e me despedindo de muitasss pessoas. O processo amadureceu bastante, a insegurança deu lugar a estabilidade emocional, e a impaciência deu lugar a calma para aproveitar cada instante sem perder tempo com o que está por vir. 

Os amigos de outrora seguiram seus caminhos, e por mais que lembramos uns dos outros o relacionamento já se ofuscou pelo tempo. Nada mais é como era antes, e de quem é a culpa? De ninguém, a vida é um jogo traiçoeiro e cada escolha tem consequências irreversíveis. Essa despedida foi diferente, doeu menos, exigiu menos de todas as pessoas. A experiência nos deu a certeza de que cedo ou tarde iremos nos rever e a intensidade de tudo que sentimos não mudará!

Era isso por hoje! Fiquem ligados que em breve tem post novo falando sobre tudo que nos espera em Londress! Não deixe de me seguir nas redes sociais, que estão aqui na direita! E até mais ver! Fuiii 

Retorno para o Brasil | SURPRESA




Hi everyone, how are you doing? Sim, eu estou no Brasil, e sim eu fiz surpresa! Na verdade nesse exato momento (26/09) eu estou sentado no aeroporto de Düsseldorf esperando meu voo que deve decolar as 18:20, são mais 4 longas horas de espera então decidi iniciar esse post que nem imagino quando será publicado!

Eu sei que havia falado sobre permanecer o máximo possível aqui na Alemanha, porém, a saudade e o cansaço aumentam dia após dias em uma velocidade desconcertante, e o resto vocês já imaginam. Pensei bastante sobre essa decisão de antecipar minha volta e analisando o calendário de final de ano eu tenho certeza que fiz a escolha certa.

As únicas pessoa que sabem da minha volta é o meu irmão e uma grande amiga que vai me buscar no aeroporto, e como um bom irmão e uma ótima amiga eu espero que eles não tenham contado nada a ninguém! O resto desse post será escrito depois da minha chegada... nas entrelinhas os fotos dos melhores encontros *-*

Foram longos voos para cruzar os 10.400 km que ligam Korscheimbroich à Cocal do Sul, mas com certeza foi a viagem mais prazerosa de todAs, o tão esperado retorno!

Eu saí de Korscheimbroich para Düsseldorf às 9:50 do dia 26/09, o trem me levou até a Hauptbahnhof, que é a estação central, lá peguei outro trem que me levou até o aeroporto. Quando desci na suposta estação do aeroporto levei um susto, olhei em volta e não vi nada além de placas com aquela confusão de palavras alemãs de todos os lados.


Família reunida de novo depois de todo esse tempo longe <3
Resolvi pedir ajuda e acertei bem na minha escolha, abordei um funcionário da Lufthansa e ele prontamente me indicou que eu deveria pegar o bondinho aéreo para chegar no aeroporto, e disse que eu poderia acompanhá-lo já que estava indo pra lá, GRAÇAS A DEUS!
Stelinha me contando como sobreviveu tanto tempo sem mim haha
Outra coisa que estava me preocupando era o tamanho da minha mala, pq mesmo dentro do peso estipulado ela ultrapassava a medida máxima de  tamanho que é 158cm somando AxLxP, fui até o guichê e despachei ela com sucesso, agora estava tudo lindo, só esperar a hora do embarque! 

Daí em diante o roteiro foi, Düsseldorf  -> Frankfurt -> Rio de Janeiro -> São Paulo -> Criciúma 


O DOG
Minha última aterrissagem foi as 14h do dia 27/09. 

...Que sensação indescritível, bater na porta de casa depois de meses longe e sua mãe abrir desacreditada com o que estava vendo, foram alguns minutos de incredulidade se tudo aquilo era mesmo real, nesse momento você pensa que nunca deveria ter deixado o aconchego do lar!


Os brothers ainda tentando assimilar a surpresa
Já eram 15h de uma terça-feira e meu coração não sabia para que lado pender, eram tantas pessoas que eu queria rever ao mesmo tempo que não sabia o que fazer. Depois de rever a minha mãe eu tomei AQUELE BANHO, depois de muito tempo viajando, e parti pro meu próximo destino, reencontrei meu irmão e minha cunhada, e na sequencia meu pai e minha irmã. CARAMBA, que dia foi esse!! A família se reuniu e eu pensei que não teria como ficar melhor. Já havia passado das 10 horas da noite e mesmo com muita vontade de dormir eu não consegui segurar a ansiedade de reencontrar meus amigos no dia seguinte.


As melhores Ana's que existem!
Começou uma nova aventura, e escrevo isso com o maior sorriso no rosto, de casa em  casa eu fui reencontrando grandes amigos que eu havia me perguntado se reencontraria um dia! Eu estava em casa, estavam todos ali! 


E aquela irmã de todas as horas! (Natan já tinha me encontrado na foto de cima)
Que conforto, que aconchego, que sensação de liberdade, não existem palavras que alcancem o que sentimos nesse momento, viajar te proporciona coisas incríveis e eu estou convicto sobre isso, mas acredite, o retorno pra casa te traz uma paz sem fim! 

Aqui finalizo a primeira temporada desse projeto! Mas não esqueça que nossa jornada não acaba aqui, tenho uma pausa para as férias mas Londres nos espera! See u soon!

Explicando as mudanças no Itinerário



E aí pessoal? Como estão vocês? Bom depois das últimas mudanças achei justo escrever um pouco sobre minhas experiências, sobre o porque estou aqui e como estou lidando com isso tudo. 

Fazendo uma retomada rápida eu saí do Brasil buscando minha cidadania italiana para que assim eu pudesse viver nos países europeus sem estar sobre aquela pressão de vistos. Poder decidir onde e quanto tempo quero ficar.
Não lembro de ter comentado em algum post aqui no blog, mas um dos meus objetivos de vida (na minha lista com centenas deles) é atingir a fluência no inglês, e pra isso nada melhor que morar em um país em que ele seja o idioma oficial. 

O primeiro passo pra alcançar esse objetivo já foi dado, minha cidadania está pronta, já tenho meu passaporte e posso viver tranquilamente em qualquer país da europa. O segundo ponto importante são os recursos financeiros para iniciar a segunda fase, e isto justifica meu check-in aqui na Alemanha. Ouvi várias vezes a pergunta "Porque a Alemanha?" Bom, além de ser um dos países que está em ascensão pós crise foi na Alemanha que encontrei as melhores oportunidades pra acumular recursos (sem me preocupar com aluguel e alimentação). Aqui trabalho 6 dias por semana, ganho moradia, alimentação e o salário é claro, ou seja, o dinheiro que entra é livre dos principais gastos (os mais caros na verdade).

Uma das coisas que mais me assustou foi o idioma. O Alemão não é nem de longe um idioma atraente, com uma gramática super complicada e cheio das interpretações deixa qualquer um confuso, mas então, como estou sobrevivendo aqui? Estou trabalhando com Italianos, e meus 3 meses na Itália estão me favorecendo muito agora. Apesar de precisar do Alemão todos os dias ele representa só uma fatia de todos os idiomas usados aqui, muitas vezes o inglês (exceção dos idosos) é o caminho mais rápido pra trocar uma ideia com qualquer pessoa.

E quais serão os próximos passos?

Meus amigos vivem me perguntando quando eu volto, e acredite, eu penso nisso todos os dias, porém nem mesmo eu sei a resposta, tenho um contrato de trabalho até outubro, a partir daí teremos novidades. Apesar de querer muito voltar pra ver meus amigos e minha família eu mantenho os pés no chão e meus objetivos sempre no alcance da visão, assim posso me planejar sem atropelar os acontecimentos dos próximos anos.

Desculpa pelo ficar tanto tempo sem postar, mas a minha vida virou de pernas pro ar por alguns meses!

Nos vemos em breve, quem sabe no Brasil! 

Arrivederci Itália



24/04/2016
Quando se planeja viajar deve-se pensar em tudo, ou, deveria-se pensar em tudo. Uma viagem é um conjunto de expectativas e incertezas que muitas vezes nos levam algumas noites de sono, principalmente quando o lugar é desconhecido e você planeja ir sozinho.
Esse, talvez seja um post um pouco cansativo sem aquele mar de imagens fascinantes, porém tenho certeza que se você pretende viajar sabe que ele não será menos importante.
Não desista da leitura, no final dela eu preparei uma lista com 10 coisas que me surpreenderam na Itália.

Em abril/15, quando decidi que mudaria o desenrolar da minha vida fui bombardeado de perguntas internas que nem mesmo eu possuía respostas. Medo, excitação, alegria... um conjunto de sentimentos que se não for bem dosado é de certa forma perigoso.

Foram exatos três meses na Itália e chegou a hora em que devo me despedir. Despedidas nunca são felizes, ou não deveriam ser, porém, no meu novo estilo de vida sei que elas terão uma frequência singular, e portanto, devo estar pronto pra reduzir seus danos. Eu faço questão de dizer que estava completamente equivocado sobre quase tudo aqui. O clima, as pessoas, o idioma, a arquitetura... uma imensa caixinha de surpresas (positivas no meu caso).

Devo lembrar que todas as percepções abaixo foram frutos da minha experiência, e foram completamente influenciadas pelo lugar em que vivi e pelas pessoas pessoas com as quais eu me relacionei... Se sua experiência foi diferente nos conte comentários, também quero conhecer outras óticas de quem já habitou a terrinha dos meus antepassados.

No Brasil estamos acostumados a ouvir que somos um povo caloroso em nossas recepções, pessoas amistosas e que gostam de interagir com outras culturas. Certo? 
Em meus pensamentos mesquinhos e limitados eu esperava encontrar pessoas fechadas e grupos de amigos já formados (por italianos). ERRADO ERRADO ERRADO. Uma semana perambulando pela Itália foi suficiente para encontrar pessoas realmente amigáveis, pessoas que me receberam muito bem. 
E quando eu falo muito bem, é muito bem MESMO. Algumas semanas adiante lá estava eu, frequentando suas casas, saindo pra jantar, pra ir ao boliche, futebol, e uma infinidade de atividades que eu nunca imaginei que faria antes de sair do Brasil. Quem diria?

Perdi as contas depois que meu grupo de interação superou as 40 pessoas... realmente surpreendente. Talvez o fato mais interessante tenha sido conhecer pessoas de muitos outros países que moram aqui, Suíça, Alemanha, Kosovo, Colombia, Irã...Ter passado por essa experiência foi suficiente pra valorizar cada centavo investido e cada noite de sono perdida. 



Algumas vezes encontrei caras fechadas depois de um bom dia carregado de sotaque ou mesmo depois de pedir uma informação, mas afinal, quem nunca teve um dia ruim? Não tenha dúvidas, isso acontece no Brasil, na China, na Rússia e em qualquer lugar do universo.

Outro fator muito relevante que nos faz balançar bastante antes de sair do nosso país de origem é o idioma. Costumo seguir a recomendação de que devemos saber o mínimo pra evitar muitos sufocos. Saudações, numerais, e perguntas básicas são o mínimo. Entretanto, como meu objetivo não era passar muito tempo na Itália, eu vim sem  noção alguma de italiano, torcendo para que aquela história de "Na Itália todo mundo fala inglês" fosse verdade. ERRADO novamente. Poucas pessoas falam inglês aqui, talvez um pouco mais que no Brasil, mas, não o suficiente pra você depender somente dele.

Minha experiência não foi das piores, no círculo de amizades que estabeleci podia me comunicar por meio do inglês e do espanhol, não que eu seja fluente em algum dos idiomas, masss, sabia o suficiente pra não me frustrar. Se passaram três meses e minha compreensão em italiano foi de 0 pra 80% e isso me deixa extremamente satisfeito. Assistir televisão deixou de ser exaustivo e passou a ser algo prazeroso. Claro que em uma conversa mais subjetiva muitas coisas ficam a desejar, porém no dia a dia tudo tem fluído muito bem.
Sobre o idioma, o maior ponto negativo pra mim é o italiano ser muito similar ao espanhol, o pouco que eu sabia (de espanhol) se perdeu no caminho, continuo entendendo muito bem, porém se for preciso falar alguma coisa em espanhol eu só consigo lembrar das palavras em italiano.

Bom, aos que se manteram firmes até aqui preparei uma lista com as 10 coisas que mais me chamaram atenção nesse aprendizado que foi a Itália... Talvez algumas coisas sejam óbvias pra você, mas como falei lá em cima eu vim bem despreparado então... Italianos:

1) Usam o Ciao (Tchau) pra tudo, quando chegam, quando saem, quando pedem uma informação... enfim, diga Ciao que tudo se ajeita.

2) Adoram comer a espuma do cappuccino com a colherzinha que você usa para adoçar a bebida. (Eu nunca tinha feito isso) 

3) Falam com as mãos... essa é clichê mas eu não poderia deixar de citar... a cada 3 palavras você tem 5 expressões manuais (haha)

4) Sempre comem algo doce depois das principais refeições. (Torta, bala, café, fruta... vale tudo)

5) Comem macarrão só com o garfo. (As refeições são bem diferentes aqui... e não pense você que vai ter uma faca ali pra caso tenha algum imprevisto com o macarrão, é só o garfo e deu)

6) Acham que no trânsito tudo é permitido, desde que, O PISCA ALERTA esteja ligado.

7) Usam luvas pra tocar em qualquer coisa do setor hortifruti do mercado. (Não ouse pegar um tomate na mão sem as luvas, confie em mim)

8) Comem uma pizza inteira sozinhos. (Esqueça tudo que você sabe sobre rodízios, aqui cada um pede sua pizza, e não pense que elas são pequenas, raramente elas cabem dentro do prato...)

9) Pensam que no Brasil falamos espanhol. (Sem comentários)

10) Fumam, fumam e fumam. O tempo todo e pra tudo... (Característica mais negativa que eu encontrei)

Claro, não posso finalizar sem deixar uma foto registrada do meu cortiço <3 carinhosamente batizado de "baixada das pulgas" (haha longa história), aqui foi onde passei meus primeiros três meses na europa, e isso ficará eternamente registrado na minha memória. Daqui, quando cheguei, vislumbrava um horizonte com montanhas cobertas de neve, hoje, três meses depois vejo árvores florescendo. Não há o que dizer além de: "Baixada", foi um prazer!



Fechando esse post digo que cumpri meu objetivo, estou saindo da Itália com minha cidadania nas mãos e partindo em busca de novas descobertas. Sou imensamente grato às pessoas que me receberam tão bem! Minha recomendação a todos: Conheçam a Itália, você só terá aquisições positivas em sua bagagem.

Assim termino a saga Itália e devo partir na tentativa de entender um pouco mais sobre como os alemães vivem. Dessa vez o nível de dificuldade aumentou significativamente mas desafios só aumentam minha curiosidade sobre um novo país... Nos veremos em breve nas novas páginas sobre Korschenbroich.

Forte abraço do mais novo italiano! =D

Fano por um Final de Semana



Ciao pessoal! Como vocês estão? Eu estou muito bem obrigado! 
Neste último final de semana tive a felicidade de ser convidado para conhecer Fano uma pequena cidade no litoral leste da Itália, porém essa viagem foi um tanto diferente das outras afinal quem me convidou foram meus amigos italianos, isso mesmo, um final de semana de imersão total no idioma e na cultura italiana! 

Bem, Fano é a cidade natal de Luca, o mentor da viagem, ele iria visitar a família e resolveu me levar pra conhecer um pouco da cidadezinha que mistura praia e montanhas a menos de 15 minutos de carro. Fano fica a aproximadamente 350km de Lodi, um pouco a frente de San Marino aquele pequeno país que fica no meio da Itália, e possui 60 mil habitantes.



Saímos daqui na sexta (26/02) aproximadamente às 18 horas, a ideia era dormir lá para aproveitarmos o sábado todo. Como nem tudo é perfeito já sabíamos que o tempo não iria colaborar, previsão de chuva para o final de semana todo, nada que algumas roupas extras não resolvessem.

A viagem ocorreu dentro do esperado, motoristas italianos loucos pra todo lado, mas nenhum incidente (haha). Paramos pra comer algo na estrada e algumas vezes para abastecer. Até então foi a típica viagem pelas BR's do Brasil, pistas triplicadas, trânsito fluindo bem, alta velocidade, e a medida que a paisagem ia passando eu ia me encantando com a Itália vista de diferentes angulos. Na cidade de Reggio Emilia avistamos afastadas da rodovia principal três pontes que foram uma obra do arquiteto Santiago Calatrava, como o tempo e o carro em movimento não colaboraram para uma foto melhor eu peguei uma na internet.


Fonte: Wikipédia
Quando nos aproximamos da casa do Luca eu me animei pelo simples fato de ver "colinas" se é que pode se chamar assim (haha), o lugar fugia da monotonia de Lodi onde tudo é planície atrás de planície, o fato estar em um lugar alto que te privilegia com uma visão do todo faz uma enorme diferença.

Ao chegar na casa fomos recebidos pela mãe do Luca que insistiu na ideia de já me conhecer (impossível). Depois de esclarecida a história fomos nos acomodar e colocar uma roupa mais confortável.

Parada pra esclarecer alguns pontos sobre viajar apenas com italianos: Como vocês sabem, eu estou aqui a menos de dois meses e, antes de chegar aqui não tinha tido nenhum contato com a língua, puro desinteresse mesmo, italiano nunca me chamou atenção. Porém como era de se esperar aos poucos você vai aprendendo o básico e se virando como dá, uma combinação de gestos + inglês e espanhol. 
Como eu moro com um brasileiro, meu cérebro fica no modo automático (português) e toda vez que preciso começar a falar italiano ele exige de mim um tempo de adaptação, irei explicar melhor. Ao entrar no carro com três italianos por um segundo eu realmente me arrependi, aqueles cinco primeiros minutos foram horríveis, parecia que tudo que eu queria falar não saía, porém depois de "entender" que o idioma que devia usar era o italiano tudo fluiu melhor. 

No sábado pela manhã acordamos e saímos para fazer a colazione (café da manhã dos italianos), fomos até um barzinho bem no centro da cidade e comemos um croissant com um cappuccino, como eu gosto muito de café iria pedir outro mas eles sugeriram que bebêssemos mais tarde em outro bar, assim aproveitaríamos pra conhecer melhor a cidade. O lugar estava cheio de famílias e até mesmo alguns cachorros brincando entre as mesas, o clima era bem aconchegante.

Depois do primeiro café fui conhecer o mar da Itália, sinceramente eu não sabia o que esperar, poucas vezes eu saí tão despreparado para conhecer um lugar novo, geralmente faço uma pesquisa pra aproveitar melhor o meu tempo, mas desta vez foi diferente, podia ser 7 ou 70...

Em um primeiro olhar eu avistei as casinhas de banho coloridas na beira da praia, pois é, fiz aquela assimilação rápida com as famosas casas de bando de Dendy Street Beach em Melbourne na Austrália, continuanos caminhando até que fosse possível observar o mar.

O mar estava calmo, poucas ondas, as barricadas de pedra alguns metros pra dentro do mar me fizeram pensar que nem sempre é assim. A faixa de areia não era tão grande, Luca me disse que no verão fica coberta de guarda sóis. Antes que eu pudesse aproveitar um pouco mais do ar frio que vinha em direção a terra a chuva começou a cair, foi o tempo de tirar mais algumas fotos e correr.

Enquanto caminhávamos em direção ao centro para ficar sobre proteção das marquises, passamos por uma igreja que chamou atenção, Chiesa San Giuseppe al Porto, fundada em 1913. Sob a desculpa da chuva resolvemos entrar. A igreja que chamou atenção por sua pintura externa se diferenciou ainda mais pela parte interna. Fugindo do padrão das demais igrejas onde o teto é tomado de belas pinturas coloridas ela era simplesmente branca, diferente de todas as igrejas italianas até então, porém não menos bonita. Seus pilares, como sempre, ricos em detalhes da base ao topo. Nada melhor que algumas fotos pra explicar o que estou falando.


Seguimos em direção ao centro, confesso que não entendi porque não tomamos dois cappuccinos no primeiro barzinho e um terceiro ou quarto que fosse, os cafés da Itália nunca são demais e eu já estava querendo fazer uma nova parada. Antes de nos aproximarmos do centro passamos por uma ponte que fica em cima de um canal onde alguns pequenos barcos estavam atracados. Nesse momento eu me questionei sobre a cor da água, mas sem uma resposta concreta continuei sem entender de onde vinha aquela água em tom esverdeado/azulado.

Outro ponto que me chamou atenção foi o verde da cidade, parece que o destino me pregou uma peça e me trouxe pro lugar mais cinzento da Itália (Lodi), afinal Fano não é a primeira cidade que visito em que o verde se mantém firme e forte no inverno. 



Alguns passos a frente e ultrapassamos o limite das muralhas que cercam Fano, essas se mantem também muito bem conservadas e dão um charme medieval a cidade, em vez de seguir na direção reta eu pedi que contornássemos o caminho costeando a muralha. Agora imaginem vocês que durante todo o passeio o italiano estava fluindo, minha compreensão chegando aos 90%, eu estava orgulhoso de mim mesmo. 
No caminho ia aprendendo um pouco sobre os transportes alguns costumes do país. Ao passarmos por uma flor amarela chamada Mimosa, me explicaram que no dia da mulher é comum que os homens deem esta flor para suas mulheres em homenagem ao seu dia. Ainda no âmbito das curiosidades eu descobri que o carnaval de Fano é o segundo mais famoso da Itália, perdendo apenas para o de Verona.
Para chegar no centro da cidade passamos pelo Arco d'Augusto que é datado do século IX d.C (1). Logo a frente fotografei a D'uomo de Fano(2), não me recordo de ter falado sobre isso, mas toda cidade na Itália tem uma Igreja D'uomo, e quando eu digo todas é todas mesmo.
No centro da cidade (4) estava acontecendo uma feirinha típica da Itália , daquelas onde se vende quase todo tipo de coisa, desde roupas até comida, tomamos um café e fomos conhecer a midiateca Montanari (3), um espaço que foi restaurado a pouco tempo e é extremamente convidativo aos acadêmicos de plantão, com um elevador panorâmico e um café na parte interna é possível passar horas sem se dar conta.

Algumas outras observações sobre Fano: As ruas são estreitas e quase todas iguais, a cidade é uma bela representante da verdadeira Itália, os paralelepípedos e as construções antigas faziam jus ao clima nublado e ao tempo úmido em uma sintonia perfeita. Quase esqueço de citar que a malha ferrovia que corta a cidade costeia o mar, então para aqueles que tiverem o prazer de chegar ou passar por Fano de trem terão uma vista espetacular. 



Após caminhar por mais alguns minutos resolvemos que voltaríamos para casa afinal no nosso roteiro haviam mais duas possibilidades para o sábado, a primeira era conhecer um castelo abandonado cuja história era de um homem que endividado, tirou a própria vida e desde então o castelo nunca mais foi ocupado. E a segunda possibilidade era conhecer a hidrelétrica que fica no meio das montanhas em Passo del Furlo, montanha essa em que Mussolini costumava passar suas férias. Bom não sabia o que escolher, por sugestão fomos para as montanhas. (Ótima escolha!)

Demoramos alguns minutos da casa do Luca até a montanha onde fica a hidrelétrica, no caminho eles me mostraram que as montanhas formam a silhueta de um rosto (supostamente o de Mussolini). 
Era final de tarde, a luminosidade estava começando a diminuir e a noite se aproximando. Chegamos ao final do percurso com o carro, por culpa de um deslizamento de pedras a estrada estava fechada e devíamos continuar a pé.

A primeira impressão do lugar foi de admiração, eram realmente montanhas gigantes com encostas de pedras à se perder de vista. Depois de alguns passos chegamos na represa que fornece energia, a água é de uma cor inexplicável, resposta para os meus questionamentos feitos ao passar pelo canal lá no centro da cidade. 

O silêncio e aquele clima nebuloso novamente colaboraram para a que o lugar se tornasse cada vez mais perfeito, era possível ouvir os pássaros cantando e uma cabra que berrava entre as encostas. 
Caminhamos pela estrada tanto quanto possível, ouvi que ali no verão, é comum que famílias inteiras façam piqueniques enquanto passam o dia admirando a natureza. O lugar é realmente extasiante. Após algumas curvas chegamos ao que seria o fim da linha, a estrada foi totalmente bloqueada para que fosse feita a restauração. Infelizmente o passeio que prometia ser o melhor dos últimos dias foi interrompido. O que teríamos encontrado a frente? É uma pergunta que talvez eu nunca tenha a resposta, mas baseado no que eu já tinha visto tenho certeza de que não iria me arrepender.



Na hora que voltamos já estava bem escuro, tomamos um café rápido e fomos nos encontrar com alguns amigos do Luca, foi outra noite e tanto, muito italiano, bastante inglês e uma lista de pessoas queridas que me receberam muito bem.

O domingo, como era de se esperar, não rendeu nada se comparado ao sábado, estávamos exaustos e a chuva incessante nos manteve praticamente o dia todo dentro de casa, nada mal pra quem esta empenhado em aprender o idioma.
Finalizando os comentários deste post eu posso dizer que todas as experiências que um turista deve passar ao conhecer um novo país eu vivi neste final de semana, desde a forma como os italianos almoçam até seus passa-tempos.

Bom se você leu o post até aqui eu espero que tenha gostado, infelizmente meus dias de Itália estão chegando ao fim e em breve teremos um novo país compondo as páginas do blog! 

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Verona por 1 dia: Minhas experiências



E aíí pessoal, como prometido aqui estamos nós de novo. Confesso que quanto menos coisas tenho pra fazer mais difícil fica tirar um tempo pra escrever, porém existe  algo que me motiva independente do momento, são muitas experiências pra guardar na minha memória, é impossível não compartilhá-las com alguém. Chega de enrolação e vamos ao post de hoje! Verona por um dia!

Bom, não é novidade essa viagem, já havia adiantado ela no último post, mas tenho certeza que isso só aumentou a curiosidade, principalmente de quem já assistiu "Cartas para Julieta", romance norte-americano lançado em 2010 dirigido por Gary Winick, que tem suas principais cenas na Casa da Julieta. Eu assisti o filme ainda no Brasil e dias antes da viagem fiquei repassando as cenas do filme na minha cabeça. E era aquilo o que eu esperava de Verona: Casa da Julieta, Arena, Construções antigas, Motinhos barulhentas, muitos turistas... e adivinhem, foi exatamente o que eu encontrei por lá. 

Comecei a traçar um roteiro base dias antes de viajar, por mais que ele nunca seja seguido fielmente ele evita que você fique igual um retardado andando em círculos e perdendo tempo. Verona não é uma grande cidade quando comparada a Roma ou Milão, em seu centro histórico você encontra 90% das principais atrações da cidade, tudo isso você percorre facilmente a pé.

Pra quem estiver interessado em conhecer a cidade vou deixar o link do mapa turístico da cidade que eu utilizei, que é o mesmo mapa encontrado nas atrações da cidade. MAPA ONLINE

Saímos de casa cedo no dia 09/02/2016, novamente fui de carro com alguns amigos, caso eu tivesse optado por ir de trem gastaria €24,00 ida e volta, como a gasolina foi cortesia do meu amigo comecei a viagem bem. De Lodi a Verona são cerca de 150 km, em torno de 2 horas se o trânsito colaborar, entre um cochilo e outro eu ia admirando a paisagem que oscilava entre as cidades e os campos de plantação.
Chegamos em Verona por volta das 10h, logo percebi que como em outras cidades italianas estacionar o carro é uma missão quase impossível. Depois de rodar alguns minutos encontramos um lugar ao lado da Comune de Verona.

Em minhas pesquisas sobre Verona eu havia lido sobre pedaços da antiga muralha que cercava a cidade (pratica comum na época medieval), ao estacionar o carro percebi que não eram apenas "pedaços", a muralha está lá, muito bem conservada por sinal, não sou bom com medidas mas posso afirmar que ainda hoje seria um desafio e tanto ultrapassá-la, imagine na época em que foi construída. Existem contornos do que seriam portas e janelas na muralha, mesmo estando fechados com tijolos não passam despercebidos e nos fazem pensar qual o seu uso na época.

Como o roteiro estava pronto aproveitei a companhia dos meus amigos para uma olhada superficial na cidade, caminhamos em direção a Piazza Bra, famosa pela Arena. No caminho me deparei com as características motonetas italianas, aquelas barulhentas sabe? Pois é, eram minhas expectativas sendo alcançadas. 
Verona me surpreendeu pelo verde, talvez foi o que me fez gostar tanto do lugar. Mesmo em meio ao inverno a cidade é muito bem arborizada com plantas que resistem ao frio e isso é muito agradável depois de 26 dias observando paisagens secas.

Ao chegar na praça fique atônito pela parte exterior da Arena, mesmo diminuindo a velocidade dos passos eu precisava continuar, voltaríamos com mais calma para explorá-la devidamente. Caminhei em meio a horda de turistas em direção a Piazza Erbe enquanto abastecia meu Snapchat com fotos e vídeos de tudo que ia vendo. E sinceramente, tirar uma foto perto dos principais monumentos é um exercício de paciência que eu não fui capaz de cumprir todas as vezes.
A piazza Erbe é cercada de lojas, cafés, restaurantes, e no centro tem uma espécie de feirinha que comercializa souvenirs e alguns adereços como lenços, chapéus e máscaras (fevereiro é mês de carnaval). A praça já foi o Fórum Romano de Verona transformando-se na idade média em um mercado de ervas, que originou o atual nome. 
Saí da praça e fui em direção ao rio Adige, a ideia era avistar a Ponte de CastelVecchio de longe e ir me aproximando enquanto costeava o rio. Cheguei então na Ponte della Vittoria, não sei ao certo qual é a história da ponte ou porque herdou esse nome, me contentei com a vista que ela oferecia. Essa parada rendeu algumas fotos.

Antes de chegar ao Castelvecchio passamos pelo monumento L'Arco dei Gavi, ele não estava no roteiro e não tinha nada de tão especial, ele foi construído na metade do século I e me lembrou o Arco do Triunfo (Paris). Como bom turista fiz uma pausa pra foto e segui para o castelo que ficava ao lado.
O Castelvecchio é uma atração a parte, ele e a Arena já fariam de Verona um lugar indispensável em qualquer roteiro que se preze. Ao chegar na sua entrada o fosso chama atenção, você se questiona inúmeras vezes se tudo aquilo fez realmente parte da história, é incrível como está bem conservado e é tão bem feito.
Após atravessar os portões me deparei com o jardim interno, verde, verde e mais verde, que tranquilidade que isso passa. Após dar algumas voltas em mim mesmo observando a dimensão da construção decidi que era hora de entrar e ver de perto aqueles detalhes.

Hora de falar de custos, a maioria das atrações em Verona são pagas, museus, castelo, igrejas, casa da Julieta. Tudo faz parte do complexo turístico da cidade, os preços vão de 5 à 10 euros, não é caro, mais imagine você gastar isso em cerca de 20 atrações, e o pior, algumas que nem valem tanto a pena assim, pelo menos pra mim. Eis a solução: VERONACARD, este cartão de "passe livre" pode ser adquirido na maioria das atrações e te permite entrar em praticamente todas as atrações e inclusive utilizar o transporte público. O cartão tem duas versões a de 24 e 48 horas que custam respectivamente 18 e 22 euros, ou seja, muito barato se comparado com os valores individuais.

Comprei o cartão no próprio castelo e entrei no museu. Sinceramente eu não sou a melhor pessoa do mundo pra falar de museus, não lembro o último museu que conheci no Brasil. pra mim é quase tudo novidade (haha). Foi a visita mais demorada de todas, o lugar é enorme, começamos com esculturas, pinturas, passamos por lanças, espadas, pequenos objetos como moedas, copos, facas... as datas eram as mais variadas, os mais antigos que me recordo eram datados do ano 900. Obviamente eu não consegui ler a descrição de todos os objetos, é muita informação de uma só vez, muitas coisas ficaram guardadas na memória, algumas outras em fotos e outras ainda eu nem consigo lembrar.

Quando passamos pelas intermináveis salas chegamos a área externa, torres e muro. A vista é linda, na parte de trás o rio enchia os olhos e na parte frontal a cidade completava a paisagem, tudo isso se interrompia para a vista do jardim interno, difícil saber o que chama mais atenção, certamente eu escolheria observar o rio por horas, mas precisava continuar, afinal já era meio dia e eu estava na primeira atração.
 

Nesse momento já havia me separado das pessoas com quem fui, estávamos somente eu e o Rafael, não o Rafael da suíça (haha), esse é um antigo colega de trabalho que chegou recentemente a Itália. Como estava na hora de almoçar resolvemos comer algo, nada muito demorado afinal queríamos aproveitar o máximo da cidade e nos restava somente umas 5 horas. 
Depois da parada pro café fomos para a Arena, estava ansioso por descobrir como ela era por dentro, e digo com toda certeza que é infinitamente mais bonita do que se pode imaginar. É difícil encontrar palavras que descrevam o tamanho, os detalhes e a histórias que ela traz. Sabe aqueles questionamentos que eu citei sobre acreditar na idade das construções? A Arena é a materialização de todas as certezas. Pra quem gosta de filmes da idade média ou de seriados como Game of Thrones a mente se perde e você abre espaço pra novas perguntas como: Quanto sangue jorrou nessa Arena? De onde vinham os leões? E os gladiadores?  ou a mais clichê, quem se diverte vendo duas pessoas lutando até a morte? A resposta de algumas perguntas talvez nem existam mas é impossível não refletir sobre essas coisas nos poucos momentos que se permanece lá dentro.
Parada merecida pra foto panorâmica, e um desejo infinito de permanecer o dia todo lá imaginando e fantasiando as batalhas de séculos passados.

Tirar a bandeira da mochila é pedir pra conhecer pessoas novas, é incrível a simpatia dos turistas com nosso país querido, na Arena conheci um brasileiro que falou um pouco sobre as cidades que havia conhecido na Itália e como Verona se destacou no meio delas. Depois de uma conversa rápida era hora de ir, afinal ainda tinha muito o que conhecer.

A próxima parada era a casa e o túmulo da Julieta, para chegar lá passamos pelo Portoni della Bra, um dos cartões postais de Verona.
Bem, o que dizer sobre a casa da Julieta? é sempre mais empolgante conhecer um lugar que você já tinha visto em um documentário ou filme, pelo menos pra mim. Verona gira em torno do romance de Shakespeare, é inegável que tudo em volta cabe dentro de um coração, a natureza parece cooperar pro clima criado pelo escritor (as fotos não negam). 

Nas andanças pela cidade eu já havia visto muitos cadeados com corações entre nomes, e casais então... O local onde fica a casa da Julieta é bem "neutro" diria que se não fossem os turistas amontoados em frente a entrada ele passaria despercebido aos olhos de muitos. O corredor que liga a rua ao pátio interno da casa está repleto de nomes dos casais apaixonados que resolveram eternizar seus relacionamentos por lá, a parede deve ter seus 4 metros de altura, e não me perguntem como, mas tem nome até bem em cima. 
Quando cheguei e vi a estátua da Juju no pátio desanimei da foto típica pelo simples fato de ter umas 500 pessoas na minha frente, resolvi entrar logo para a visita interna. A casa como já era de se esperar não tem nada de mais, entrei porque estava incluso nos benefícios do VeronaCard, me contentaria apenas visitando o pátio (cena do filme). Como já estava lá dentro não quis abrir mão da foto na sacada, que pasmem, estava vazia. Pra mim esse foi o momento mais legal da viagem, resolvi bater a foto com a bandeira do Brasil, assim que apareci na sacada ouvi um pequeno alvoroço lá em baixo até que um turista gritou cheio de sotaque BRASILLL UHULLL. É um sentimento único receber afeição de alguma forma por nossas origens. #ORGULHO (nunca achei que fosse falar isso)

Terminei a visita e quando saí ao pátio percebi que havia uma oportunidade, corri abracei a bendita e sorri pra foto (haha), nessa hora todos que estavam ali esperando deram uma risada espontânea, até agora eu não entendi se foi minha cara de feliz ou o fio do meu carregador saindo do meu bolso (foca na foto), enfim, missão cumprida.

Hora de caminhar para o túmulo da Julieta, o local é o mais afastado de todos, em torno de uns 10 a 15 minutos a pé vindo da casa dela, ele é muito menos conhecido pelos turistas mas vale igualmente a visita. Depois de algumas conversas descobri que muitas pessoas realizam suas cerimônias de casamento por lá, o espaço possui um jardim muito bonito (e verde) e conta com um espaço muito elegante diria. A história continua, e depois de alguns textos em sua maioria em italiano descemos as escadas e tivemos acesso ao túmulo da Julieta (lembrando que ninguém sabe se trata-se de algo real ou meramente fictício, fica na imaginação), pausa pra foto de luto e continuamos. #R.I.P



Existe um outro jardim interno, esse possui em seu centro um poço cheio de moedas, novamente os casais apaixonados.
O é outro lugar incrível, fico imaginando as fotos dos casamentos que são feitas ali, devem ficar demais. 

Bem, antes de ir embora ainda conhecemos um museu que tem no local, sim, tem muito museu em Verona. Depois da tumba da Julieta era hora de conhecer as igrejas. Eu fico na dúvida se Verona tem mais museus ou igrejas, enfim, somando são incontáveis.
As igrejas como quase tudo em Verona são lindas, conheci a Chiesa Sant'Anastacia e a San Fermo, esta merece um destaque por possuir uma capela na parte inferior, uma arquitetura incrível a Capela Alighieri é onde estão sepultados os descendentes de Dante Alighieri.

Eu gostaria de falar muito mais sobre alguns outros lugares que eu visitei como  o anfiteatro Romano, o mirante, a Torre dei Lamberti (84m e uma vista incrível), são realmente lugares que se você estiver em Verona merecem sua visita, porém o post está se estendendo mais que o previsto. 
Por fim quero falar de Porta Leoni, lugar onde os leões ficavam antes de irem para a Arena, sabe as perguntas que eu me fiz lá na Arena? Pois é, aos poucos fora sendo respondidas. O "monumento" Porta Leoni fica distante da Arena e é ligado a ela por passagens subterrâneas. Inacreditável.

Bom pessoal, fico por aqui, aqui em baixo deixo algumas fotos dos lugares que acabei não comentando! Não esqueçam, curtam a fanpage, sigam no intagram e no Snap e comentem o que vocês estão achando!

Abraço e nos vimos na próxima! 


(Na ordem, Torre dei Lamberti, Mirante, Arena e Anfiteatro Romano)


Suíça por 1 dia com € 20,00



Buongiorno pessoal!! Como estão vocês? Como prometido vamos falar um pouco sobre a incrível Suíça...

Separei um dia pra conhecer a terra do chocolate e do esqui antes mesmo de conhecer melhor a terrinha dos meus avós, mas o que eu posso fazer se a neve não quer aparecer por aqui. Acredito que vocês estão assustados com o título do post certo? É! Há alguns meses atrás eu também ficaria, afinal no Brasil eu gastava 20 reais pra ir até meu antigo trabalho de carro... porém vamos entender essa fast trip de um dia e como fiz isso com 20 euros.

Domingo (24) levantamos cedo, revisamos a mochila, e partimos ao norte, a expectativa era grande afinal iriamos conhecer nada mais nada menos que os Alpes Suíços, quem nunca se imaginou admirando a vegetação em contraste com as montanhas nevadas?

O nosso ponto chegada era Davos Platz, entranhada em meio as montanhas a cidade está a 1.560 metros acima do nível do mar, um paraíso perdido na região alemã da Suíça. E quando falo "nosso" estou falando de mim e dos três amigos que me acompanharam nessa aventura. Fomos de carro, afinal as distâncias aqui não significam nada se comparadas ao Brasil.
Nossa primeira frustração após a partida foi a uns 15km daqui, quando nos deparamos com um congestionamento resultado de um acidente. O trânsito estava um caos, entre aquele anda e para e as ultrapassagens imprudentes pelo acostamento, aguardamos por cerca de uns 30 minutos, assim que o trânsito começou a fluir não tivemos novas surpresas.

A Itália em si é um lugar lindo, e desde Lodi a paisagem não deixou a desejar, as árvores secas e o chão branco de geada fizeram um espetáculo a parte até a o sol aparecer. 
Assim que nos aproximamos da Suíça fomos entendendo o funcionamento das rodovias e auto-estradas europeias, meu amigo Sérgio que já mora na Itália há 10 anos me deu uma aula de trânsito, afinal nos próximos meses serei eu que estarei dirigindo juntos com os italianos malucos (no trânsito) cruzando a europa. 



Falando em amigos vou explicar melhor como foram os gastos com a viagem, como já disse fomos em quatro pessoas, ou seja, gastos divididos em 4. O trajeto todo somou 600km entre ida e volta, gastamos 60 euros de diesel. É, os carros aqui são a diesel que custa, pasmem, €1,11/litro. Como planejamos uma viagem low cost e já sabíamos dos preços de Davos, resolvemos comprar um lanche e levá-lo. Gasto com o lanche: 20 euros, e aí já fizeram as contas? €80 dividido por quatro e temos nossos €20/pessoa. É, eu sei que com 20 reais no Brasil não da nem pra ir na esquina, quanto mais viajar. Porém esqueçamos os preços e vamos voltar a viagem.

Estávamos nos aproximando da Suíça, ao chegar à fronteira entre os países não havia nenhuma fiscalização. A livre circulação é uma coisa linda que não passa nem perto do que conhecemos no MERCOSUL. Nosso primeiro contato com a Suíça foi na parte italiana, não percebemos nada de tão diferente, afinal até o idioma continuava o mesmo. Enquanto avançamos pelas estradas começamos a ver as primeiras montanhas sujas de neve. Nessa hora a imaginação foi longe...



Quando as construções começaram a ficar pra trás avistamos um lago, era hora de parar. Esticamos as pernas enquanto observávamos sem entender o que Deus tentou fazer com tanta perfeição em um só lugar. Eram as primeiras emoções do que estava por vir. A vontade era parar ali mesmo e admirar por horas e horas as cores, a vegetação, o cheiro daquele lugar, era tudo único.

A partir daí foram indescritíveis paisagens que oscilavam entre planícies e montanhas, a cada túnel que passávamos descobríamos uma nova surpresa, e foram muitos túneis, diria que incontáveis. As pequenas vilas se espalhavam nas planícies entre as montanhas a beira dos rios, a única semelhança entre elas era a torre das igrejas que ficava ou centro ou no ponto mais alto das cidades.



Fizemos algumas paradas, observamos as pistas de esqui, ainda que distantes eram impressionantes, desde a altura das montanhas até a habilidades dos esquiadores que se arriscavam nas descidas.
A temperatura e o sol colaboraram para que fosse um domingo incrível, quando chegamos a Davos Platz deixamos o carro estacionado no pátio de alguns conhecidos Brasileiros e vou dizer que a 10 mil quilômetros de casa nada foi mais confortante que descer do carro e ouvir música brasileira do lado de dentro da casa, é como se por algum momento eu estivesse chegando na minha casa.

Eu já havia visto neve pelo caminho e até me jogado nela, mas realmente é incomum a necessidade que sentimos (no caso eu senti) de me jogar nela a cada 10 minutos (risos) era eu encontrar aquele quintal coberto de neve intocada que lá estava eu, e fiz isso incontáveis vezes parecendo uma criança, bom, melhor que falar são imagens...



Davos Platz é linda, parece que a cidade foi minuciosamente criada pra nos deixar encantados, é como se as casas estivessem ligadas de alguma forma a natureza, pode ser que esse seja o mero efeito da neve que eu mesmo não conhecia, e se for, eu desejo um mundo com mais neve. Agora olhem essa foto abaixo, se imaginem morando em alguma dessas casas nesse cenário bucólico, onde todo dia pela manhã ao abrir a janela você se depararia com os alpes... tem como ser mais perfeito? Ah, tem sim, um fogão a lenha e MPB...

Algumas pessoas me perguntaram sobre os preços de lá, então vou fazer uma pequena comparação entre Davos Platz e uma cidade que não é turística. Em Davos a mesma pizza que é encontrada na Itália por €6 ou €8 estava custando €20, da mema forma as roupas, mesmo estando quase todas em promoção com até 70% de desconto chegavam a custar 2 vezes o valor praticado nas cidades aqui da Itália. Ou seja, prepare-se pra gastar, e como bom turista não vá embora sem aquele souvenir (hehe).

Enfim, sei que teria muitas coisas pra fazer em um segundo, terceiro e quarto dia por aquele país incrível, mas essa foi minha fast trip de um dia, vou fechar com as melhores fotos (na minha opinião é claro). Pra quem gostou e quer ver mais sobre a viagem eu postei alguns vídeos e fotos no intagram (@clleeber) e teve conteúdo no snap também segue lá #clleeber, abraço forte e nos vemos na próxima... (SPOILER A SEGUIR) Próximo post pode ser sobre Milão ou Verona...